ADVENTO
São olhos que ainda vêem
Na inocência de ser.
Como as árvores sem
Ainda as mangas.
Como águas sem ainda os peixes.
Como peixes, sem ainda
As margens.
Como o céu, sem ainda os ventos.
Os homens sem anzóis,
Anzóis sem as águas,
Águas sem os nós que, de nós, fizemos.
As redes que em nós tecemos.
O destino que,
No rio,
Em nós, descemos.
Para a foz
De todos nós
Comum.
Antônio Rebouças Falcão - 2007
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
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