sexta-feira, 8 de outubro de 2010

COISA NENHUMA!

As nuvens se desmascaram em chuva
E as águas vazam
Sobre poeiras, fuligens
E fumaças várias,
Que vão adormecer sobre o plano
Do chão.
Coisas depois,
Os ventos, aragens e a brasa brilhante
Encarregam-se de fazer
Vazar para cima,
À altura dos pulmões e narinas,
O que agora jazia
Na cama do piso.
Coisas depois,
Segue indiferente o azul,
Sertanejo da Cunha,
À frente da inexorável marcha
De novas nuvens
No céu imundo de sempre.