quarta-feira, 30 de junho de 2010

NÃO VOU

Voltar me enfada.
Se vou,
É como se não fosse.

Viajar de fato,
A que conta,
É desaparecer;
Não deixar rastros
Nem narrativas.

As que supõem retorno,
Histórias e fotos
Não são viagens de fato.

Desfazem o que teria
Sido.
Assim, para que
Ter um quê?
Que se desmancha
Como vida que surge
Apenas como ensaio
De não-ser.

julho de 2010

segunda-feira, 28 de junho de 2010

ESTRANHAMENTE FAMILIAR

"Aquele foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos, foi a idade da razão, a idade da insensatez, a época da crença, a época da incredulidade, a estação da Luz, a estação das Trevas, [...] tínhamos tudo diante de nós, não tínhamos nada diante de nós". in Um conto de duas cidades (1859) - C. Dickens