quinta-feira, 24 de dezembro de 2015


O TODO E SEMPRE

Recebo o quarto
Em que me hospedarei.
Sofá-cama aqui,
Poltrona ali,
Mesinha lá,
Cadeira e abajur acolá.
Da janela recebo a contraluz
Que a mim e a ele desorganiza.
De minha desordem de espírito,
Refaço o espaço:
Sofá-cama lá,
Poltrona aqui,
Mesinha aqui,
Abajur lá.
Ponho a janela no bolso
E a luz nos olhos.
Em vez da casa, um hóspede,
Um membro de mim.
Então, fecho a porta e entro para me perder
Nas tábuas do assoalhado.
Apenas e somente deste modo,
Estarei quase feliz.