quarta-feira, 14 de junho de 2017


TIM-TIM

Sei sempre que errei.
Com eco e tudo.
O rochedo e o medo.
A pedra.
Gosto de olhar
Os miúdos do pó,
Os olhos nos olhos
Dos que vão em vão. Só,
Me deixo em pontos de embarque,
A humana ida.
Para alguém que não espera
Almas que não se encontram,
Ecos e granitos que rezam.
Moedas em bolsos furados
E os ônibus que nunca chegam.
As igrejas que ainda batem os sinos
E não me ouvem.
As folhas secas de inverno
Nas mãos dos cegos de ocasião.
A página virada no escuro
De todos os dias em vias
De ser e nunca serão.
Às vezes, os ecos se fazem mudos.
É quando as formigas se divertem
Em festas secretas.
E, por nada fazer, durmo
De mãos abertas.
Um morno que me acrescenta em frios idos.