quarta-feira, 17 de março de 2010

PALAVRA, PALAVRINHA, PALAVRÃO

Repare bem.

Borboleta: esta até bate as asas coloridas.
Formiga: aqui ela se contrai até o pequenino. O [-ga] é sua bundinha.
Bunda: esta se arredonda sem constrangimento.
Arroto: retumbante, segue feliz, sem olhar de lado.
Azulíneo: de tão azul, fere a vista.
Escarranchar: esta vive esparramada no sofá.
Malícia: escorregadia como ela só.
Iracundo: dorme abraçada com jacaré.
Palavrório: fala pelos cotovelos.
Boquirroto: não conte nada pra ela.
Cu: compacta, só o vento passa de fininho.
Deslinde: esta acha o grão de sal na bagunça da farofa.
Tapioca: esta vem branquinha com o rabo balançante.
Farofa: já colou no céu da boca.
: etérea e vaga como a existência.
É: etérea e vaga como a essência.

Tantas como são, segue-se assim por diante. Agradecidos ficamos.

2 comentários:

Jan Marc C. Lima disse...

Meu amigo, só posso te dizer que Fernando Pessoa tem algo muito especial sobre o tema...
É o poema Ambiente. Conhece?
Um grande abraço (ao som de refazenda)
Jan

Antônio Rebouças Falcão disse...

Caro Jan Marc:
Vou atrás. Não me lembro dele. Essa postagem não surgiu da vontade de realizar algo original. Muitos já o fizeram. É pura brincadeira, mas desde logo, agradeço. Um abraço.
Falcão