quarta-feira, 12 de janeiro de 2011



FRENTE AO MAR

Os náufragos que não sobrevivem
Transmutam-se em bolhas de brisa,
Digo isso diante da janela.
Afirmo,
Sem o rubor das dúvidas.
Agora mesmo, longos minutos
De um abafado sufocante.
Súbito,
A visita de um náufrago.
De tão pequena a bolha,
Suspeito:
Essa foi criança,
Brincou como as outras,
Foi amada pelos pais
E, um dia, engoliu o oceano.

Salvador, janeiro de 2011

2 comentários:

fátima falcão disse...

Esse nascer me espanta e me acolhe para o meu nada.
Que bom amanhecer!

fátima falcão disse...

Sua máquina de brinquedo está bombando...