segunda-feira, 20 de julho de 2015


FASTIO

De novo:
Nessa manhã de outono,
A água se espalhou
Sem peias, pelas praças
E me veio inundar
Sem me pedir.
Será o acaso me vencendo
Sem licença ou continência?
Nessa mesa, adormeço sobre meus cansados
Braços;
Meus olhos sonharam
Memórias que nem mesmo notei,
Sem anuência que nem mesmo pedisse,
Para apoiar-me
Sobre pés e pernas trôpegas,
Numa vida que nem abriu
Cortinas;
Ofereceu-me estradas
A horizontes que ...
Alguns perdi
E outros esqueço.

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