OUTONO
Sem aviso prévio,
Essa brisa me trouxe
Uma folha seca,
Meu primeiro presente outonal.
Olho para o céu
E sei:
Daqui, adiante,
Serei um homem melhor
Ainda que pior,
Ainda que infame,
Sem norte, sem eira,
Com os dedos despidos das unhas,
Sem as chaves
De uma porta que nem posso abrir.
De uma porta que nem posso abrir.
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