E O BOI DORME
Brasileiros gostam de brincar de casinha sob a tutela do estado.
Aqui, parece, para a democracia bastam eleições. Assim: grosso modo,
candidatos patifes, eleitores imbecis. Eleições convenientemente caríssimas.
Tudo é obrigatório: votar, haver partidos devidamente registrados, candidatos
pertencerem a eles, horário eleitoral nas media, domicílio
eleitoral e financiamento público de campanha (fundo partidário). É um negócio
bilionário a portas fechadas, como futebol e certas religiões. Não pode
dar certo, acaba sempre mal (para nós outros). Como pano de fundo, os clichês,
vazios como é de sua natureza, "os lugares comuns das retóricas
mortas"*: autoestima, cidadania, empoderamento,
protagonismo, sustentabilidade, reformas, transparência,
inclusão e por aí afora. Argh! Paga e toma, que é teu.
* G. Greene.
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