terça-feira, 29 de agosto de 2017


E O BOI DORME

Brasileiros gostam de brincar de casinha sob a tutela do estado. Aqui, parece, para a democracia bastam eleições. Assim: grosso modo, candidatos patifes, eleitores imbecis. Eleições convenientemente caríssimas. Tudo é obrigatório: votar, haver partidos devidamente registrados, candidatos pertencerem a eles, horário eleitoral nas media, domicílio eleitoral e financiamento público de campanha (fundo partidário). É um negócio bilionário a portas fechadas, como futebol e certas religiões. Não pode dar certo, acaba sempre mal (para nós outros). Como pano de fundo, os clichês, vazios como é de sua natureza, "os lugares comuns das retóricas mortas"*: autoestima, cidadania, empoderamento, protagonismo, sustentabilidade, reformas, transparência, inclusão e por aí afora. Argh! Paga e toma, que é teu.


* G. Greene.

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