BRANCO
Ao bater na porta
Sem o prévio aviso,
O branco do papel passivo
Olhou-me
De seu banal desinteresse.
Minha indiferença em dizer-lhe,
Inscrever-lhe meu prosaico chão da voz,
Meu nada, no vazio daquela presença,
Vazou-lhe o dia.
Examinaram-me momentos,
Seguidos silêncios,
Folhas indolentes de um vago jardim
Que me viam sob o sol ardente
Consumaram um não,
Um ter-me em mãos que
Rasgava-se na luz clara do portão.
O não
Que, no branco, foi-se em si.
Junho de1999
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
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