AQUI E ALI
A fumaça procurava seu caminho
Enquanto as mãos se atolavam nos bolsos.
Nem tão próximo, seu rosto
E fisionomia
Traziam as ofertas de densas narrativas,
Silêncios indesejados,
Passos bloqueados
E a voz arruinada em ira
Engolida.
Era uma pessoa em fracasso,
Em aberto
Como um balão na queda livre,
Em nostalgia dos futuros aéreos,
Das vidas que lhe transpiravam
Pelo avesso dos poros,
Num domingo já enclausurado
Em nó cego,
Nos laços da paisagem de si.
Um homem sem rojões,
Pronto e acabado,
A ser inaugurado; promessa de um mim.
A.
R. Falcão, junho de
2013
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