Você bate à porta,
A porta bate.
Você chega,
O silêncio ouve
atento.
Você come,
O prato é vazio.
Você é ontem,
anteontem.
Você é nunca mais.
Pegue os grãos
ínfimos do chão.
Aqueles que fizeram
em tapete,
Em romance,
Em que mais não
sei.
Há um mingau, um
horário,
Um ventre na
estação. Um tempo.
E a voz que sempre
se calou.
Se apresse,
É o trem.
A. R. Falcão - novembro de 2013
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