CRIPTOGRAFADO
“Como tem sido triste a vida nesses anos todos”.
Eleanor Marx (a
filha - bilhete de suicídio)
Muito cedo ainda,
De difícil
determinação,
Em que nos autocriptografamos.
Depois,
Jogamos a senha ao
mar.
Sob esquecimento,
Tantas coisas brigam:
As fechaduras que se quebram,
As chaves que se perdem.
Pior ainda:
Trava o ombro que, maestro,
Rege os varais das roupas brancas
Com que me não enterram.
Na madrugada,
Amanteigo o pão
Que me jogará às capivaras
Fedendo que fedem
Ao longo de todas as manhãs,
Nesses anos em que o Brasil
Afunda no escuro do escuro.
Retroverso, sorridente.
Falcão
– abril de 2014
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