MAIS AINDA AINDA MAIS
Tudo
conspira.
Se
você tiver,
Como
tenho a página,
A
ideia mais tola e prosaica:
A
flor.
Saiba
que dela não terá
O
consolo: a meta-flor.
Terá,
se muito, a página
Que o
espera, farta
De sua
miséria.
Olhe
em frente:
Não
terá o mínimo,
Nem o
branco.
O nada
é uma metáfora
Vaga e
pedestre
De
alguém que ainda vaga
Catando
tique-taques nos relógios quebrados,
Na
mão, nos dedos, no que caiu
Ou
saiu. O pó.
Agradeça
às moscas, às baratas,
Aos
pequenos que insisto em matar.
E
durma a noite
Das
nuvens sem noites.
Agradeço
de muita má fé.
Falcão
– abril de 2014
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