quarta-feira, 30 de julho de 2014


RUBI SOLENE

Onde está

O rubi da inocência

Roubado

De cada um?

Onde está?

Foi a noite adulta

A lhes desamparar e distrair?

A busca da beleza

Estará escondida sob um véu escuro

Que a memória sempre trai

Ali na frente?

Certo é que

Enfiado está o dedo

No formigueiro que há de mordê-los

Pelo quintal inteiro.

Então a infância olha a noite

Intestina

Que assim é e será

Sob todas as amoreiras

Que não mais lhes pertencem.

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