É HOJE
Uma leve brisa abre as cortinas,
Um sol desavisado me dá bom-dia,
Meu corpo nu envergonha-se
De sua preguiça desarrumada.
Lá, aonde nunca fui, um mosquito
Inaugura a pandemia assassina.
A alegria, os risinhos escondidos
Nos segredos, os desejos mal pagos,
A música e o licor,
Um não-ser de mim.
Fui barbeiro e acabei costurando
Sapatos nos confins do oceano
Índico.
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