segunda-feira, 1 de setembro de 2014


Balthus
ESPERANÇA

 
Mais uma vez,

Sem apelação,

Perdi o paraíso da infância.

Se são horas de vida,

Só, em silêncio,

Irei pra casa,

Ouvirei um adágio sinfônico,

Abrirei um cabernet,

E jogarei

Paciência sobre a mesa

Da cozinha.

Feliz, sem relógios,

Sem pessoas, sem desditas.

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