Acenando
para o horizonte
Lá,
onde não há ninguém.
Vai à
estação de trens
Esperar
quem já partiu.
Sonha
sempre com pessoas
Que
nunca viu nem conheceu.
Imagina
endereços
E lhes
escreve cartas alentadas.
Coloca
alpiste na janela
Onde
passarinhos nunca pousam.
Ouve o
rádio desligado
E faz
o pijama sorrir
Satisfeito
de silêncios.
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