Cozinho um galo velho.
No lençol esticado,
Do catre que me aguarda,
Um ramo de arruda.
Alguém que não me conhece
O depositou
Na noite que se anuncia.
Não vou precisar mais,
As cortinas estão cerradas,
Já levaram meus pijamas,
Tudo.
Arrumaram meus restos.
Da última poltrona, ainda vejo, pela fresta,
Uma criança e sua mãe.
Elas vão partir,
Mas vou ficar definitivamente
Até que a noite se estabeleça
De fato, em chumbo nada.
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