Tenho pensado muito sobre
minha inadequação a este mundo brasileiro: não tenho automóvel (nem quero); não
tenho smartphone, Ipad (nem quero); em casa, não tenho acesso à Internet;
o micro-ondas quebrou, quebrado fique; a televisão é inoperante e falta não
faz; aprecio a fotografia preto-e-branco e as câmeras analógicas. "Vendo a
mãe" pra não sair. Venero o silêncio, a solidão e a companhia dos livros.
O repouso é diurno, a vigília, noturna - o momento da leitura, da escrita e do
desenho. Só não escapo ainda da escravidão remunerada. Logo chegará o dia -
antes que morra - em que caminharei sem destino e me deixarei abraçar pelos
pijamas. E serei quase feliz. Feliz inteiro é presepada.
quinta-feira, 30 de abril de 2015
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