Essa torneira que, gota a gota, pinga
Sobre mim
Avisa-me que, para o tempo,
Não há clemência.
O gato e o cão se protegem da garoa
(sob automóveis)
Que lava todos os passados
Daqueles que esperam o que virá
Do mesmo.
Seus olhos são panos de prato
Encardidos.
Seus sonhos transpiram nos calçados
Úmidos de fé
Na circulação pública,
Na benzedura sobre o mingau,
Sob a curta noite inamovível
E o emprego que ameaça,
Por buzinas,
Desmanchar-se.
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