Foi logo atritar-se com as portas.
Começou pelas dobradiças. Detestava seus ruídos. Passou pelas fechaduras;
emperradas sempre. E as pinturas descascavam. Xingou e passou sabão. Não
satisfeito, emudeceu-se. As portas, em silêncio, nervosas, nunca mais se
abriram. Ele, então, de raiva, fechou todas as janelas, avisou todas as
torneiras, tirou o fone do gancho, apagou as luzes e adormeceu pela última e
derradeira vez. A conspiração fora desmascarada.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
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