Quando sua mãe
Morreu,
Esquentou a sopa.
A colher,
Em vez da boca,
O peito.
Desceu ao quintal da infância
E abraçou
As goiabeiras.
Daquela vez,
Deixou de mexer o doce no tacho.
Sujo de dor,
Dormir pra quê?
Acendeu um cigarro,
E sentou-se
Sobre seus escombros.
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