segunda-feira, 15 de agosto de 2016


 TODOS ENTRE MIM

Eis
Minha sina: enterrar a todos.
As comportas foram abertas
E as águas já correm soltas.
De olhos fechados, observo
Como lagarto sob o sol.
Espero como um tigre
Na sombra escura,
Entre os arbustos.
Feito o feito,
Terei o que me aguarda:
Não a meia, mas
A inteira solidão.

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