segunda-feira, 18 de outubro de 2010

TIM-TIM!

Se você é do tipo que não fica um instante sem meter as pontas dos dedos numa maquininha (celular, laptop, game, teclados vários etc.); que é incapaz de pensar com seus botões; observar atentamente as pessoas e seu entorno; imaginar à toa; divagar; delirar na espuma de sua própria intimidade, então seu negócio é ação, agito. Uma pessoa moderna e dinâmica. Certamente é alguém que costuma se entediar nos feriadões. Pegar um livro? Ah, não. Você usa Kindle. Escrever uma carta? Nem pensar; correio, fila... que preguiça! Você usa Orkut, Facebook, MSN. Acontece que foi você que se impôs uma experiência: passar uns dias desplugada(o). Tome como uma pilhéria.

Vai, portanto, aqui uma dica: lembre-se de alguma coisa que não possa estar à vista, que seja remota, e comece a procurar pela casa. Prepare-se, porque dá trabalho e toma um tempão, mas tem uma grande vantagem: você acaba encontrando coisas que já dava por perdidas. Quem sabe um walkman e um radinho de pilha em perfeito estado. Foram sua alegria em outros tempos. Umas fotos, naqueles disquetes (suas novas maquininhas não os aceitam mais), das férias felizes de sua infância. Ah, se estivessem em papel... É uma viagem. Depois, é arrumar a bagunça. Ufa!

Terminadas as operações e o tédio voltando, lembre-se: você está mais perto do fim do tormento e próximo(a) da felicidade em voltar à escravidão do trabalho assalariado.

Como também sou assalariado e o feriado é nacional, estamos na mesma. Façamos um brinde à cruz diária e aos caraminguás. Os copos estão vazios. É assim mesmo: fim de mês, dívidas, muito além do vermelho... Tim-Tim!

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