quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

SÍRIA

Vamos ao perigo. Vamos partir de uma idéia geral (poderia ser qualquer outra): o ser humano não vale nada. Não se trata aqui de concordar ou discordar. É o único trem, por ora, disponível. O próximo, provavelmente, só daqui a três séculos, se séculos houver.

Assim, lá dentro, durante a interminável viagem, temos de conviver de qualquer modo. Nossa experiência diz que o procedimento habitual é nos matarmos com regularidade, por motivos variados. E como sempre sobram alguns vivos que se multiplicam, vamos nos matar mais um pouco, até que sobrem mais alguns mais, que, por sua vez, se matarão, até que sobrem mais alguns mais. E assim por diante. Pelos motivos os mais variados.

Ocorre que está havendo um sério problema: mesmo nos matando, sobram mais e mais vivos. Crescem em número. O que fazer? Nos matarmos mais? Até quando? Sempre, ora! O certo é que sobrarem vivos não pode; faltarem muito menos.

A resposta está na competente gestão da morte. Por que não pensaram nisso antes? O mundo corporativo está aí pra isso mesmo.

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