Seu
travesseiro é feito de ferro
Tramado
a frio,
Com
mãos que, por fim,
Esfacelam-se.
Lagartixas
ficam de molho
No
sabão em pó.
Alegram
sua cozinha,
Sua
cotidiana intensidade.
Bebe
coisas de que o Cão
Suspeita
e sugere.
E abre
o peito
Para
aquilo que o fere.
Vai
para o mundo,
Para
dissipações.
A
sombra de um fidalgo
Que
pisa perigos medonhos.
Depois,
não adormece,
Não
come, não lembra,
Não
sabe, nem quer saber.
Bebe
águas e pensa triste
No mel
que não lhe foi servido.
Paga o
que não devia
E
divaga na baba muda,
Entre
sacos e sonhos não sonhados.
Lê sem
fim.
Parece
que nunca dorme, nunca amanhece.
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