segunda-feira, 21 de novembro de 2016


“É CUM NÓIS, MANO!”

Começo por uma obviedade: o homem é um animal social, pois é. Ocorre que só se habilita para isso a partir da aquisição da linguagem oral e, mais tarde (ou nunca), a escrita. Elas são suas formidáveis ferramentas, as de primeira grandeza. Delas decorrem o resto: seu mundo interior e a pluralidade de suas relações com o exterior (o indispensável outro), sobre o lastro de memórias e sonhos, as matérias-primas das narrativas sem fim - a consciência, o pensamento. Sua constituição, sua essência em movimento para construir-se.


Hoje, em processo de autodestruição, o homem começa por pisar na linguagem que encontra ao nascer e desenvolver-se – o maior legado, e por retornar ao uso da força bruta (arma branca, de fogo, pau, pedra, mão grande, chute etc. tanto faz). É só ler e ouvir a expressão verbal empobrecida desses adultos e molecadas idiotas que povoa as redes sociais na “web” e a multiplicação, fora de controle, das mais diversas atitudes violentas, provocando, às vezes, danos irreparáveis. Causas conhecidas e discutidas à exaustão. Pra nada. A gente chega lá, de volta, quando nem sabíamos ainda usar o fogo. Quem sabe reste alguém pra contar a história, quem dera?!

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