Escolher quiabos ou orações? Para minha vizinha de
compras, orações; para mim, os primeiros (ou qualquer coisa) menos as segundas.
Alguns escolhem batatas, outros bananas. E todos saem
cheios de sacolas para a manhã baiana, que é ensolarada e quente.
O mar larga-se supremo em seu repouso inquieto e
nervoso de maré cheia.
Patrões e patroas dormem ou dirigem seus carros
pratas, pretos ou brancos. Mania local (ou nacional) e tediosa em sua falta de
personalidade. Os brasileiros tornaram-se "manadeiros". São todos
burros, iguais e riem do que não é pra
que rir.
Os passarinhos sumiram. Asfalto não é pra eles.
Talvez, para os peixes também; para os calangos, e todo o resto. Ao fundo, um
"balança-bunda", que é algo intragável, permanente e identitário da
chamada Bahia atual. "Triste Bahia" como já escreveu Gregório. E a
horda segue inadimplente.
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