quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017


UMA BAHIA SEM JILÓ

Escolher quiabos ou orações? Para minha vizinha de compras, orações; para mim, os primeiros (ou qualquer coisa) menos as segundas.
Alguns escolhem batatas, outros bananas. E todos saem cheios de sacolas para a manhã baiana, que é ensolarada e quente.
O mar larga-se supremo em seu repouso inquieto e nervoso de maré cheia.
Patrões e patroas dormem ou dirigem seus carros pratas, pretos ou brancos. Mania local (ou nacional) e tediosa em sua falta de personalidade. Os brasileiros tornaram-se "manadeiros". São todos burros, iguais e riem  do que não é pra que rir.

Os passarinhos sumiram. Asfalto não é pra eles. Talvez, para os peixes também; para os calangos, e todo o resto. Ao fundo, um "balança-bunda", que é algo intragável, permanente e identitário da chamada Bahia atual. "Triste Bahia" como já escreveu Gregório. E a horda segue inadimplente.

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